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REVERENDO ARTHUR THEODORE PETERSON JR.

Sinto-me feliz e, imensamente grato, pelo inaudito privilégio de escrever uma pequena história sobre o casal Rev. Arthur Theodore Peterson jr. e dona Mariana Allen Peterson, ministro metodista. “Sai da tua terra, da tua parentela, da casa de teu pai e vai para o Brasil que te mostrarei”. O casal chegou ao Brasil em 7 de dezembro de 1945. Passou um período de adaptação e fez curso da língua portuguesa. Em 1950 assumiu, como gestor, a direção do Instituto Rural Evangélico, na cidade de  Itapina ES. Posteriormente tomou posse como reitor do Instituto Granbery da Igreja Metodista na cidade de Juiz de Fora, MG. Faleceu no dia 17 de junho de 2018  na cidade de campanha. MG. Prestou relevantes serviços com muita lisura, como pastor e gestor de instituições. Rev. Arthur Theodore Peterson Jr. e dona Mariana Allen. Peterson um homem de escol e Mariana, uma heroína. O casal, pela causa do Evange-lho, sofreram a dor da separação dos seus entes queridos. Por expressão de gratidão, sugiro que seus nomes sejam escritos no livro “ Endless splending line ”Linha de Esplendor sem fim. São ícones que têm evidência nomeada por serem benfeitores que de tanto  servir, sua vida configura um holocausto para honra do Senhor.

No ano de 1950, Rev. Peterson, com a idade de 28 anos de idade, assumiu como gestor, a direção do Instituto Rural Evangélico, cheio de sonhos, dedicação extrema e vontade de progredir. Além do I.R.R, assumiu a missão de pregar o evangelho em todo o  norte de Colatina-ES. Muitas vezes ele me convidava para servir de companhia nas viagens, todos os sábados e eu não entendia por que. Descobri depois. Eu criava problemas na casa. Rev. Peterson estava ajudando-me para que me tornasse útil mais tarde como ministro do evangelho. Nós embrenhávamos nas florestas virgens procurando famílias metodistas. Certa vez o jipe caiu no buraco e ele usou guincho com o cabo de aço e saiu. Certa noite houve problema na hora de dormir. Ele não cabia na cama. Então disse: Trevenzoli hoje, o servo dorme na cama e o senhor dorme no chão. Ele pediu-me para ser responsável pela ED, em Porto Belo, mas se esqueceu que eu era analfabeto com 17 anos. Para cumprir a ordem, eu chegava na reunião e perguntava, quem saber ler? Eu sei, dizia um aluno. Então leia, por favor! Em seguida eu pregava. Assim se fez enquanto eu treinava um versículo para ler e pregar. Em julho ele transferiu-me para a Várzea Arroz, onde  havia 36 alunos 36 alunos. O Reitor sempre me ajudava a progredir na escola e na missão. Brasa na cabeça. Eu percorria uns quatro quilômetros a pé na via férrea. Enquanto eu caminhava uma brasa viva da máquina caiu no guarda/sol atingindo minha cabeça e senti cheiro de cabelo queimado. Rev. H.I. Lehman pediu um jovem para ajudar o Rev. Leon Strunk na plantação de três igrejas no vale do Rio Doce e o reitor disse: tenho um jovem, mas é meio bravo. Pode me ceder, porque gosto de pessoa brava. Trabalhamos no sistema de revezamento.

EDIFICAÇÕES. Rev. Peterson e dona Mariana puseram as mãos na massa e iniciaram as construções. Que coragem! Que dupla determinada e corajosa! Dona Mariana tinha calos nos oito dedos de tanto escrever fazendo campanha e angariando recursos para as obras. Os oito dedos eram calejados

e o reitor garimpando material para construção. Lá ainda estão as suas mar-cas: edifício central: templo, salas de aula, salão, biblioteca, cozinha e refeitório.  Construiu o dormitório masculino e feminino, estábulo. TEMPLO. Espaço vivencial para o exercício da FÉ e ROBUSTECER A ESPERANÇA DE para concretizar os sonhos presentes e futuros da instituição, direçãodos alunos. buscava forças para seguir nas lutas, para treinamento de jovens para a missão de servir ao Senhor Jesus Cristo na missão de pregar o evangelho.

DESTAQUE DE HONRA. Por ser o homem que me deixou marcas imorredouras, deixei este destaque para o fim do texto. Já se foram alguns anos quando tive o desejo de conviver alguns dias com O VETUSTO HOMEM DE DEUS e fui visitá-lo, em Campanha- MG. No momento em que me vi ao lado dele escrevendo, senti-me como se Paulo aos pés de Gamaliel; ele mostrou-me alguns escritos e me disse, olhe para aquela folha, meu colega (colega! Não mereço e emocionei-me) e veja aquela folha. Ali estão trezentos nomes de PASTORES/as por quem eu oro todos os dias e por outras pessoas. Glória seja dada a Deus por todos nós! O experiente Peterson falava baixinho como que não preciso falar alto, porque ainda escuto bem. O importante não é o que fazemos, mas o que Deus faz usando-nos como seus instrumentos.

Viva Rev. Peterson, dona Mariana em nossa memória! Que sigamos o seu exemplo!

                                Ex-aluno, ex-reitor do Instituto Rural Evangélico

                                Pastor Valdemar Trevenzoli e Laura Karl Trevenzoli